Monumento ao Dois de Julho

 

O Monumento ao Dois de Julho no Largo do Campo Grande, foi inaugurado em 1895, nas comemorações dessa data, 23 anos após os primeiros estudos para a sua execução.

De estética neoclássica, é um dos mais belos monumentos já construídos na América. Todo o conjunto foi esculpido, na Itália, em bronze, ferro fundido e mármore de Carrara.

O Recôncavo Baiano foi o grande palco da Guerra de Independência do Brasil. Uma análise histórica mostra que, vencendo na Bahia, os portugueses seguiriam para dominar o resto do País. Assim, o Dois de Julho, quando o exército brasileiro entrou vitorioso em Salvador, foi uma data decisiva para a conquista da Independência.

A história desse magnífico monumento começou em 1872, quando o Presidente da Bahia nomeou, por ato de 31 de outubro daquele ano, uma comissão, presidida pelo Barão de Cotegipe, para dirigir os trabalhos para sua execução. A presidência dessa comissão foi assumida depois por Manoel Victorino, que foi senador e vice-presidente da República. Teve a participação do Governo da Província, da Assembleia Legislativa e da
Câmara Municipal.

Foi esculpido na Itália, pelo artista italiano Carlo Nicoliy Manfredi, vice-cônsul do Brasil, em Carrara. Outros artistas italianos também colaboraram. A montagem coube ao engenheiro Antonio Augusto Machado.

Tem 25,86 metros de altura e, na época, era o monumento mais alto da América do Sul. Sua coluna é de bronze, em estilo coríntio, sobre um pedestal de mármore de Carrara.

No topo, a escultura de um caboclo, com 4,1 metros, armado de lança e arco e flecha, representa a identidade do povo brasileiro que lutou pela Independência. Ele mata um dragão, seguro ao seus pés, que representa a tirania portuguesa. Esse tema foi o mesmo usado no antigo monumento ao Dois de Julho, instalado na Praça da Piedade, em 1856, atualmente, nos Aflitos.

Na parte alta do pedestal figuram, de um lado, a escultura de uma mulher representando a Bahia e, do outro, a escultura de Catharina Paraguaçu, com o lema Independência ou Morte, em seu escudo.

Em um patamar médio do pedestal, esculturas representam os rios São Francisco e Paraguaçu. Águias e leões compõem alegorias que representam liberdade e república.

Embaixo, oito candelabros, de sete metros, adaptados para iluminação a gás, são do artista italiano Giuseppe Michelucci (1834-1910), fundidos, em 1891, em Pistóia, na Itália.

Os mosaicos, com referências a eventos da História do Brasil, foram feitos em Pietrasanta, na Itália. As águias foram fundidas em Roma.

 

Monumento 2 Julho

 

O imponente Monumento ao Dois de Julho, em fase final de montagem, em fotografia de Rodolpho Lindemann, em 1895.

 

Personificação do Rio Paraguaçu.

 

Campo Grande

 

Independencia Bahia

 

Escultura de Catharina Paraguaçu, em versão neoclássica. Paraguaçu, a mulher de Caramuru e índia tupinambá, viveu no início do século 16 e foi o primeiro brasileiro documentado. Ela foi batizada na França e mandou erguer a Igreja da Graça. Sua família teve participação importante na fundação da Cidade do Salvador.

 

Chafariz Cabocla

 

O caboclo no topo do Monumento.

 

Caboclo

 

Acima, o Monumento ao Dois de Julho nos dias de hoje (foto Casa da Photo).

 

Estatua

 

Monumento Riachuelo

 

Monumento Caboclo

 

 

Guerreira

 

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Monumento ao Dois de Julho

 

 

 

 

 

 

Bruno Lessa